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Empreendedor de Propósito

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Dívida ou investimento?

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Todo negócio requer algum grau de investimento para começar ou para expandir. Esta fase assusta muitos empreendedores, porque nem sempre temos a certeza de que o retorno vai voltar na velocidade que planejamos. Além disso, dependendo do seu perfil empreendedor, você pode encarar a mesma transação de forma diferente. Vou tomar os empréstimos como exemplo.

 

Dependendo do Estado ou cidade que você está lendo esse post, é possível que haja linhas de crédito específicas para empreendedores dos mais diversos tamanhos, desde um Micro Empreendedor Individual (MEI) a uma empresa de grande escala bem estabelecida. Outro fator a se pôr na conta é  em qual estágio está o seu negócio. Empréstimos para empreendedores consolidados costumam ser bem menos burocráticos do que aqueles tomados por quem está começando.

 

Um terceiro fator é a certeza de retorno do seu investimento. Se você estiver abrindo um restaurante em um bairro com fama de via gastronômica, você ao mesmo tempo vai ter que lidar com um certo grau de segurança de que haverá circulação de pessoas interessadas em buscar um restaurante, e o risco de perder possíveis fregueses para a concorrência que muitas vezes é a porta ao lado. Por outro lado, se você tem em mãos uma demanda bem conhecida, com vários interessados e que tem falta de profissionais na área, como fotografia para casamentos, é mais certo que você possa vencer as parcelas do empréstimo.

 

Antônio é um amigo que alguns anos atrás começou uma empresa de sublimação em sua casa. Não tendo os custos do aluguel de uma sala, seu plano de negócios parecia mais seguro do que aqueles que envolvessem alugar uma sala comercial, que muitas vezes é o maior gasto de um empreendedor. Acontece que ainda assim, ele precisava comprar todos os equipamentos para começar sua loja, contratar um webdesigner e manter uma rotina rigorosa de divulgação do seu trabalho.

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Demorou um pouco, mas Antônio conseguiu uma boa carteira de clientes.

Ele teve um comportamento empreendedor muito interessante. Antônio decidiu que seu empréstimo, até se pagar, era uma dívida. O empréstimo levaria 10 meses para ser pago. Nos primeiros 3 meses, ele teve dificuldades para encontrar clientes, especialmente enquanto ainda estava aprendendo os detalhes da impressão em sublimação. Entre o 4º e 6º mês, o jogo começou a virar e Antônio já conseguia tirar o suficiente para pagar o empréstimo e a maior parte das suas contas. Foi só a partir do sétimo mês, quando conseguiu o suficiente para pagar duas parcelas por mês e os seus gastos pessoais, que Antônio começou a ver o empréstimo como um investimento.

 

Quando lhe perguntei o porquê de ele não ter tratado como um investimento desde o início, Antônio me disse que a ideia de sempre teve consciência de que havia riscos envolvidos em abrir sua própria empresa e, para ele, a mudança do gasto em uma categoria para outra era o indicativo de que sua meta de abrir uma empresa havia sido alcançada. Caso contrário, em um ano, venderia os equipamentos e iria para um plano B já estabelecido desde o início.

 

Antônio soube exercer com maestria as competências de estabelecimento de metas, de estabelecer metas claras e mensuráveis e correr riscos calculados, uma vez que já tinha um plano para caso seu objetivo inicial se mostrasse infrutífero.