Trabalhamos continuamente com o modelo de competências adotado pelo EMPRETEC, seminário de vivências comportamentais oferecido pelo SEBRAE. Neste modelo são medidas, praticadas e monitoradas dez competências empreendedoras:
Este modelo permite que sejam verificadas na prática o uso das competências e dedicamos boa parte de nossas postagens para o processo de reconhecimento dos comportamentos empreendedores. A atividades corriqueiras de empreendedores de sucesso trazem esta prática para a gente aprender como pode ser simples empreender. Como isso pode ser feito de modo natural quase que instintivamente. Ver os comportamentos empreendedores sendo praticados é comum quando falamos com pessoas empreendedoras. Estava viajando de férias com um parceiro, Clovis. Nas diversas conversas em volta de uma mesa foi possível conhecer um pouco mais de sua história, suas conquistas, suas dificuldades. Ele contava que poucas vezes na vida ele tinha se dado o direito de tirar férias e de fazer algumas viagens.
A primeira noção que eu via era de alguém persistente e comprometido com seu negócio. Duas competências empreendedoras que não podem faltar em qualquer caso de sucesso.
Clovis tinha uma loja de utilidades variadas para casa e ficavam sempre no caixa da loja dividindo a função com sua esposa. Quando planejavam férias eles não consideravam a hipótese de deixar a loja aberta sendo cuidada por algum funcionário. Eles pensavam em fechar por duas semanas e promover férias coletivas.
Vendo Clovis contar sua história, fica cada vez mais fácil identificar o comportamento empreendedor que ele tinha utilizado para escolher o período das férias.
Da competência de planejamento e monitoramento sistemático ele fez uso do terceiro comportamento: mantém registros financeiros e os utiliza para tomar decisões.
Clóvis manteve registros financeiros e os utilizou para tomar decisões. Para escolher o período das férias ele analisou o comportamento financeiro do ano inteiro. Ele identificou qual o mês em que havia menos movimento e neste mês então ele promovia férias coletivas e seus funcionários com o fechamento da empresa durante 15 dias em que realmente não haveria impacto financeiro em seu faturamento. O mês escolhido era de agosto e a segunda quinzena, onde era o menor faturamento anual.
Registros financeiros são uma fonte rica de informações sobre o movimento de seu negócio.
Para tomar esta decisão ele manteve durante todo o funcionamento da empresa um controle de gastos e ganhos, diariamente. Desta forma ele identificou o mês de menor faturamento e, dentro do mês, quais as semanas que houve menor entrada de dinheiro em seu negócio. Com segurança ele promoveu as férias coletivas fazendo com que no restante do ano não houvesse mais desconforto entre os funcionários disputando períodos específicos de férias.