Álvaro tinha uma loja de materiais de construção que era bem conhecida na região. Novas lojas surgiam a cada ano aumentando a sua concorrência. Nem todos os novos concorrentes eram seus conhecidos mas ele sabia que todos deveriam ter excelentes experiências no ramo. Álvaro procurou a associação comercial de sua cidade para se associar. Este gesto em si poderia ser considerado um comportamento empreendedor, já que Álvaro se esforçava para desenvolver e manter relações comerciais.Mas Álvaro foi além. Nas primeiras reuniões em que ele participou na associação Álvaro procurou identificar aqueles que trabalhavam no mesmo ramo e convidou-os a formar um núcleo setorial. As primeiras reuniões não eram tão amigáveis, afinal todos os concorrentes juntos em uma mesma sala era uma novidade que não se sabia bem quais resultados trariam. Aos poucos os empresários foram encontrando inúmeros pontos em comum, seja em termos de dificuldades, seja em termos de facilidades.
Álvaro insistia constantemente em manter as reuniões e em buscar novas ideias que pudessem ajudar aos negócios de todos. Foi assim que foi criada a primeira central de compras coletivas da construção civil. Os custos para todos ficaram mais baixos e Álvaro continuou em seu comportamento padrão agindo para desenvolver e manter relações comerciais. Em todos os nossos post deste blog buscamos trazer casos práticos de comportamentos empreendedores.
Para identificar esses comportamentos, trabalhamos continuamente com o modelo de competências adotado pelo EMPRETEC, seminário de vivências comportamentais oferecido pelo SEBRAE. Neste modelo são medidas, praticadas e monitoradas dez competências empreendedoras:
Este modelo permite que sejam verificadas na prática o uso das competências e dedicamos boa parte de nossas postagens para o processo de reconhecimento dos comportamentos empreendedores. A atividades corriqueiras de empreendedores de sucesso trazem esta prática para a gente aprender como pode ser simples empreender. Como isso pode ser feito de modo natural quase que instintivamente. 
Foto de Christina Morillo no Pexels.
No caso de Álvaro vemos ele praticando um comportamento empreendedor da competência de persuasão e redes de contato. Considero esta, uma das competências mais poderosas dentro do modelo empreendedor, pois ela faz mover projetos, metas e planos de forma impressionante. Na busca de Álvaro ele sabia que haveria dificuldades mas ele sabia também quais os ganhos de um grupo em relação àqueles que trabalham sozinhos. A força de uma organização é a melhor coisa que pode ser apresentada ao mercado. A força de grupos faz surgir melhores condições de negociação e de preço. melhora o mercado para todos. A criação da central de compras coletivas foi o resultado desta busca, agregou a concorrência e melhorou o resultado para todos.